terça-feira, 3 de novembro de 2020

POVOS INDÍGENAS

ÍNDIO É UMA PALAVRA QUE NOS IMPUSERAM E QUE NOS AFASTOU DA SOCIEDADE BRASILEIRA


ÍNDIO É UMA PALAVRA INVENTADA


A INFLUÊNCIA INDÍGENA NO PORTUGUÊS BRASILEIRO

 Assista ao vídeo "A influência indígena no português brasileiro" e procure responder:
1. Quais palavras mencionadas no vídeo são de origem indígena? 2. Pesquise outras palavras que são de origem indígena. 3. De acordo com o vídeo "Índio" é uma palavra inventada, responda com suas palavras "por que a palavra ÍNDIO não é considerada uma boa palavra para chamarmos os povos originários? Caso queira saber mais sobre isso, assista ao vídeo "Índio é uma palavra que nos impuseram e nos afastou da sociedade brasileira."


Leia o texto abaixo e faça um pequeno resumo explicando por que o autor afirma que "não existem índios no Brasil". Para melhor compreender o texto, segue também o vídeo e fotos do autor. Perguntas que devem ser respondidas em seu resumo: Por que o autor afirma que "não existem índios no Brasil"? Por que o autor afirma que comemorar o dia 19 de abril, conhecido como dia do "índio" é um equívoco, ou seja, por que é um erro? Por que o autor critica o uso da palavra "tribo"?

Daniel Munduruku: “Eu não sou índio, não existem índios no Brasil”

– Peço licença para entrar no território de vocês. Eu venho questionar esse olhar quadrado que o ocidente desenvolveu e que exclui olhares circulares. (...) – Quando leem minha biografia, dizem que não sou mais índio, que já sou “civilizado”. Eu não sou índio e não existem índios no Brasil. Essa palavra não diz o que eu sou, diz o que as pessoas acham que eu sou. Essa palavra não revela minha identidade, revela a imagem que as pessoas têm e que muitas vezes é negativa. Segundo o escritor, há dois conceitos no imaginário da sociedade brasileira intrínsecos a esta palavra: o olhar romântico, do “índio” que vive no meio do mato, e o aspecto ideológico que considera que “índios são preguiçosos e atrasam o progresso”. Esse imaginário, fruto do pensamento ocidental e colonizador, criou um achatamento da riqueza cultural brasileira, explicou Daniel. – Quando a gente chama alguém de índio, não ofende só uma pessoa, ofende culturas que existem há milhares de anos. Esse olhar linear empobrece nossa experiência de humanidade. A gente defende um sistema de vida que tem dado certo há 3 mil anos – afirmou. Um dos 307 povos indígenas do país, o povo Munduruku vive no Pará, Amazonas e Mato Grosso. Segundo Daniel, há cerca de 15 mil pessoas da etnia Munduruku no Brasil. – No dia 19 de abril, a gente comemora um equívoco, porque se esconde a diversidade de povos que existem no Brasil. Cada povo cria seu modo de estar no mundo a partir da cultura, que é alimentada pela língua que ele fala. E cada povo tem suas tradições, sua crença, cultura, política e economia. Nós aprendemos que só existe a língua portuguesa por aqui né. Mas no Brasil existem 307 línguas muito antigas e diferentes entre si. E a língua é uma leitura de mundo. Quando a gente generaliza e diz que “o índio chama casa de oca”, imediatamente a gente está esquecendo que oca é apenas um jeito de falar. E essas línguas são tão diferentes entre si quanto o português é diferente do chinês. Se um Kaingang fala a língua dele, eu não sei para onde vai, porque é de um tronco linguístico diferente. Aí vocês podem entender porque o povo tupi (que é o meu caso, o povo Munduruku é tupi) se organiza de um jeito e porque o povo Kaingang, que é do tronco Macro-Je, se organiza de outro jeito. O autor também criticou o uso da palavra “tribo” para se referir às aldeias e etnias, já que ela significa apenas um pedaço de um povo. Já a palavra “índio” não tem relação alguma com o verdadeiro significado dos povos originários do Brasil. Ao ser perguntado sobre a maneira mais adequada de tratamento, Daniel defendeu o uso da palavra indígena, que significa “nativo”, e pediu também que sejam consideradas as etnias.



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